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O Olho

 

GLAUCOMA

O QUE É?

 

O Glaucoma é uma neuropatia óptica, ou seja, uma doença, uma degeneração do nervo óptico, que leva a perda gradual de campo visual. A pressão intraocular é o principal fator de risco, porém não o único, até porque muitos casos se apresentam com pressões dentro da normalidade.

Hoje é uma das principais causas de cegueira irreversível do mundo.

QUAIS OS SINTOMAS?

O Glaucoma é dito como uma doença silenciosa, ou seja, sem sintomas. Muitas vezes um Glaucoma já pode ser avançado, e mesmo assim o paciente não percebe, porém pode se manifestar como aumento de acidentes de transito, por exemplo.

QUAIS OS FATORES DE RISCO E COMO PREVINIR?

O principal fator de risco é o aumento da pressão intraocular, entretanto existem vários fatores de risco, variando quanto ao tipo de glaucoma, entre eles encontramos: afrodescendentes, idade avançada, mulheres, míopes, enxaqueca, orientais, etc.

 Pessoas com familiares de primeiro grau com Glaucoma podem chegar a ter um risco de seis vezes maior que a população geral.

A melhor prevenção consiste em consultar seu oftalmologista regularmente.

COMO SE TRATA?

O tratamento do glaucoma na maioria das vezes se inicia com colírios, sendo esse  suficiente na enorme maioria. Outras opções existem quando os colírios falham, como LASER e cirurgias, ambos com o objetivo único de baixar a pressão intraocular.

 

 

CATARATA

O QUE É?

Todos nós temos uma lente dentro do olho com aproximadamente 25 graus, ela nos auxilia a enxergar e focar longe e perto. Com o passar dos anos esta lente que normalmente é bem transparente, passa a ficar opaca, borrando a visão, isto chamamos de Catarata.

QUAIS OS SINTOMAS?

O principal sintoma é a alteração da visão, seja com baixa de visão, alteração da percepção de contrastes, alteração da visão de cores, visão de halos ao redor das luzes, sensação de nuvem à frente dos olhos.  

QUAIS OS FATORES DE RISCO E COMO PREVENIR?

O avanço da idade é com certeza o principal fator de risco, outros podem acelerar a Catarata, como Diabetes Mellitus, alterações metabólicas, exposição solar sem proteção, entre outras. A melhor prevenção é a consulta periódica, pois quanto antes for realizado o tratamento, melhores os resultados.

COMO SE TRATA?

Cirurgia, o único tratamento para catarata é a cirurgia, pois não existem colírios ou comprimidos para sua melhora. Correções como os óculos também não melhoram a visão totalmente.

A cirurgia de catarata foi uma das cirurgias que mais evoluiu nas últimas décadas em toda a medicina. Hoje em dia é feita através de incisões de aproximadamente 2 milímetros, sem a necessidade de sutura (pontos) ao final da cirurgia. Uma pequena sonda de ultrassom é utilizada para fragmentar a catarata em pequenos pedaços e aspirá-los através da  microincisão.

A cirurgia dura em torno de 7 a 10 minutos, dependendo da dureza da catarata. Logo após a cirurgia o paciente já está liberado para voltar para casa, e necessita apenas retornar para o acompanhamento pós-operatório no consultório.

Devido ao fato de a catarata ser a opacificação de uma lente natural do olho, quando ela é retirada, há a necessidade de se implantar outra lente em seu lugar, para que o paciente consiga enxergar com o mínimo de grau possível após a cirurgia. Esta lente é portanto uma lente definitiva, ou seja, ficará dentro do olho do paciente até o fim de sua vida. Existem vários materiais e tecnologias para produzir estas lentes, indo desde os mais simples, até os mais sofisticados, devendo o médico em conjunto com o paciente decidirem pela melhor opção.

 

 

O QUE É RETINA?

Retina é uma membrana delicada que reveste a parte interna e posterior do olho, sendo responsável pela captação e envio de imagens ao cérebro. É mantida em seu local por um mecanismo próprio e complexo de adesão.

O QUE É DESLOCAMENTO DE RETINA?

 Vítreo é um gel que preenche a parte interna do olho (cavidade vítrea). Está aderido, inclusive, na retina. Com o tempo, o gel vítreo vai sofrendo um processo degenerativo e inicia uma contração do seu volume e desorganização de sua estrutura. Sintomas como “moscas volantes” podem estar associados nesta fase (pontos pretos que se movem). Quando sintomas de flashes luminosos estão presentes, maior cuidado no exame de fundo de olho deve ser dado. Isto porque o vítreo deve estar instituindo forças de tração na retina. Tração na retina pode levar ao seu descolamento.

 Além do envelhecimento, a alta miopia, os fatores genéticos, o trauma ocular, as cirurgias intra-oculares e a prematuridade, são algumas das condições que predispõem ao descolamento de retina. Quando o descolamento de retina já está presente, o paciente observa uma “sombra” no campo de visão. 

Figura 1 – Seta amarela mostrando área de descolamento da retina.

QUAL O TRATAMENTO NO DESLOCAMENTO DE RETINA?

Existem diversos métodos cirúrgicos para o tratamento do descolamento de retina. De acordo com o tipo do descolamento e de sua origem, terapia cirúrgica adequada deve ser instituída. Os métodos mais comuns de retinopexia são a retinopexia pneumátima, retinopexia primária e a vitrectomia. Combinações podem ser exigidas e, na maioria das vezes, a terapia com laser deve ser associada. Geralmente, a anestesia é local.

Procedimentos e cuidados pós-cirúrgicos

 O paciente geralmente recebe alta no mesmo dia, não necessitando de internação. A visão no olho operado retorna, lentamente, dias ou semanas após a cirurgia. 
Caso seja necessário o uso de gás ou óleo de silicone intra-ocular, o paciente apresentará comprometimento da visão durante o período em que os mesmos permanecerem dentro do olho. Quando o gás é utilizado, viagens aéreas não são recomendadas por um período variável. Recomendações referentes a posições específicas de cabeça, atividades físicas e consultas de retorno também podem ser dadas pelo profissional.

Figura 2 – Ilustração mostrando uma cirurgia vítreoretiniana.

 

 

O que é Mácula?

 Mácula é a região central da retina.  Não somente responsável pela visão central, é responsável, também, pela visão de perto (inclusive leitura), visão de cores e outras tarefas refinadas. 

O que é Degeneração Macular relacionada à Idade (DMRI)?


A Doença Macular Relacionada à Idade, ou DMRI, é um dos tipos de degeneração do centro da retina (mácula). A degeneração macular nada mais é do que a lesão das células responsáveis pela visão na mácula. Assim, as funções maculares acima descritas (leitura, visão de detalhes, visão central, visão de cores) podem estar comprometidas em diversos graus de acordo com o nível de comprometimento degenerativo retiniano macular.  Como o nome diz, a degeneração é macular. Sendo assim, caso não haja nenhuma outra lesão comprometendo o restante da retina (como exemplo, o glaucoma), a visão periférica deve permanecer preservada.

Como muitas doenças, esta também pode ter um componente genético (Doença Macular Relacionada à Idade ou DMRI, por ex.). Então, caso você tenha algum familiar com Degenereção Macular, marque seus exames oftalmológicos de rotina com uma freqüência regular de acordo com a orientação do seu oftalmologista. Exames fazendo o diagnóstico precocemente podem mudar positivamente o prognóstico da Degeneração Macular. Sempre é bom lembrar que um diagnóstico preciso e instituição de terapia efetiva e segura serão realizados por um profissional médico oftalmologista retinólogo (especialista em doenças da retina e do vítreo).

Na foto à esquerda, drusas maculares. À direita, doença macular relacionada à idade do tipo úmida (exsudativa).

Quem está sujeito à DMRI e quais as formas?


Um tipo freqüente de Degeneração Macular é a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI). Está associada, dentre várias coisas, ao envelhecimento. Aparece, mais frequentemente, em idosos de pele clara. Entretanto, nem sempre o envelhecimento leva à perda da visão central.

Os sinais clínicos mais importantes da DMRI  são as drusas maculares( pequenas manchas amareladas na retina central), que significam acúmulo de produtos resultantes da oxidação celular. 
A DMRI pode apresentar-se na forma atrófica (seca) ou exsudativa (úmida). A forma seca representa 90% dos casos. Os outros 10% dos casos de DMRI são da forma exsudativa ou úmida. 
Existem outros tipos de degeneração macular que são herdados ou não. Podem ocorrer em pacientes adolescentes e não estão associados com o processo de envelhecimento. Ocasionalmente, a alta miopia, o trauma, processos infecciosos, inflamação e outros agentes podem também lesar o tecido delicado da mácula.

Tratamento da DMRI

O uso de suplementos alimentares constituídos de minerais e vitaminas antioxidantes (A, E, C, zinco, betacaroteno, selênio) pode retardar a progressão nas formas secas da DMRI.  Nos casos de DMRI úmida ou exsudativa, tratamentos como laser e/ ou terapia anti-Vegf intra-vítrea devem ser criteriosamente instituídos pelo profissional retinologista de sua confiança.

Exemplo de terapia na DMRI exsudativa (injeção intravítrea de anti-Vegf)

 

ESTRABISMO

O que é?

Estrabismo é uma alteração dos olhos, quando eles perdem o paralelismo entre si, ou seja, quando um olho esta fixando numa direção diferente do outro.

Pode ser classificado de acordo com a direção do desvio, em convergente (o olho afetado desvia para dentro), divergente (para fora) ou vertical (para cima ou para baixo). Ainda pode haver uma associação de desvio vertical e horizontal num mesmo olho.

Também pode ser dividido em Estrabismo congênito ou adquirido.

O Estrabismo congênito é quando a criança já nasce com alguma alteração que irá determinar o estrabismo, que pode já estar presente ao nascimento ou se manifestar nos primeiros anos de vida. Nestes casos a criança não refere nenhum sintoma e ele próprio ou os pais é que percebem o desvio ocular.

Diferente do Estrabismo adquirido, que pode se apresentar em qualquer idade, e pode ter diversas causas. Nestes casos o primeiro sintoma pode ser a visão dupla (diplopia).

 

Quais os sintomas?

O principal sintoma é a percepção do desvio ocular.

Porém em crianças o estrabismo acomete o desenvolvimento normal da visão, porque o olho desviado não irá se desenvolver adequadamente, levando a uma baixa de visão, que pode ser severa, neste olho. A isso damos o nome de Ambliopia.

Em crianças maiores ou em adultos o estrabismo pode causar diplopia (visão dupla), devido ao desalinhamento entre os olhos.

 

Quais as causas?

O Estrabismo congênito tem como causa alterações genéticas e é hereditário, porém essa herança é multifatorial e tem diversos genes acometidos. Desta forma pode estar presente em crianças que não apresentam histórico familiar, como também pode não estar presente em filhos de pais estrábicos.

Já o Estrabismo adquirido pode ocorrer como consequência de diversas doenças, como diabetes, doenças neurológicas, neuromusculares entre outras. Outra causa frequente são os traumatismos que podem ser diretamente nos olhos ou traumatismos crânio encefálicos.

 

Como se trata?

O tratamento pode ser dividido em clínico ou cirúrgico.

O tratamento clínico consiste na avaliação e prescrição de óculos, caso necessário, e uso de tampão (oclusão).

Caso não seja indicado o tratamento clínico, ou esse não tenha resultado, pode ser necessária a realização de cirurgia.

 

Adultos também podem ser operados de Estrabismo?

Sim, adultos também podem ser operados. Mesmo os casos de Estrabismo infantil que nunca foram operados na infância podem ser operados na idade adulta.

 

 

OFTALMOPEDIATRIA

Qual a visão normal do bebê e da criança?

O bebê nascido a termo apresenta uma visão baixa, capaz apenas de reconhecer o rosto de pessoas e objetos muito próximos.

Essa visão se desenvolve muito rapidamente e com cerca de 3 ou 4 meses já consegue reconhecer e seguir objetos menores.

Entre 4 e 6 anos de idade a criança já tem a visão igual a de um adulto.

 

Quais são os principais fatores de risco e causas para a baixa visão na infância?

Prematuridade;

Trauma ocular;                                     

Infecções maternas durante a gravidez;

Estrabismo.

 

O que é o “teste do olhinho”?

Também chamado de teste do reflexo vermelho, esse exame é feito ainda na maternidade pelo pediatra e consiste numa triagem para alguns problemas oftalmológicos graves, como retinoblastoma, catarata congênita entre outros, e caso se encontre alterado o pediatra encaminha para avaliação especializada com o oftalmologista.

 

Deve-se fazer exame oftalmológico de rotina em crianças?

Sim.

O primeiro exame é o “teste do olhinho”, pergunta acima.

A partir de então se recomenda o exame de rotina anual, sendo que o primeiro exame de rotina com oftalmologista pode ser feito a partir dos 6 meses de idade. Ou antes, casos os pais ou o pediatra encontre qualquer alteração.

 

 

Ceratocone

O que é?

É uma doença da córnea. A córnea é uma camada transparente arredondada que cobre a parte anterior do olho.

O ceratocone é uma doença degenerativa progressiva que normalmente afeta ambos os olhos, sendo frequente que um olho tenha a doença mais avançada que o outro.

Ele causa um processo de afinamento e distorção do formato normal das córneas, podendo causar altos graus de astigmatismo e cicatrizes.

A principal faixa etária atingida são pré-adolescentes a adultos jovens.

Há uma associação com hereditariedade, portanto, quem tem ceratocone, tem chance de ter outros familiares com a doença.

 

Quais os sintomas?

Os pacientes com ceratocone tipicamente apresentam piora da visão com dificuldade para ser corrigida com o uso de óculos. Os pacientes têm a queixa de que os óculos ficam fracos rapidamente, tendo a necessidade de trocar os óculos com frequência. Outros sintomas são os “fantasmas” que aparecem nas imagens e o fato de ver turvações nas bordas das luzes.  Também podem acontecer sensibilidade à claridade (fotofobia) e lacrimejamento.

 

Quais os fatores de risco e como prevenir?

Alguns fatores de risco são hereditariedade, alergias e o fato de coçar os olhos com frequência.

A principal prevenção para a doença é evitar de coçar os olhos. Isto pode evitar ou retardar o aparecimento do ceratocone.

 

Como se trata?

O uso de óculos pode ajudar a melhorar a visão em casos leves da doença, mas não costuma dar uma visão de qualidade em casos mais avançados de ceratocone.

Pacientes com casos moderados a severos, com uma perda significativa da visão, são melhor corrigidos com lentes de contato rígidas.

Tratamento cirúrgico é considerado quando o paciente se torna intolerante ao uso de lentes de contato ou visão adequada não pode mais ser obtida com o uso destas.

Cada caso deve ser analisado individualmente, para se indicar a melhor alternativa, entre o uso de anéis corneanos intra-estromais (por exemplo os anéis de Ferrara), e os transplantes de córnea lamelar e penetrante.

Uma outra modalidade cirúrgica importante no tratamento do ceratocone é o crosslinking corneano, que consiste na aplicação de riboflavina e raios UVA na córnea, causando o enrijecimento corneano. Este procedimento é indicado nos casos em que se identifica uma piora progressiva do ceratocone, e tem o objetivo de parar a progressão da doença.

 

 
 

                                       

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